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A Consciência Fonológica e sua importância para a leitura e escrita

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Para que ocorra a aquisição da linguagem não basta a capacidade natural do ser humano para a adquirir, mas a associação desta com as experiências do meio ambiente. Desta forma, o contacto da criança com adultos e com diferentes contextos é fundamental para proporcionar um desenvolvimento linguístico mais rico.

A aquisição de competências e de pré-requisitos para a aprendizagem da leitura e escrita dependem de um desenvolvimento linguístico saudável.

O domínio fonológico é um dos aspetos mais importantes para a aquisição da leitura e escrita, pois a Consciência Fonológica (CF) é o conhecimento que cada um de nós tem sobre os sons da língua materna, ou seja, é a capacidade de perceber que a linguagem é formada por palavras, as palavras por sílabas e as sílabas por fonemas (sons).

Considera-se que existe uma relação de causa-efeito entre a CF e a alfabetização, no entanto, independentemente de esta relação ser de causa, efeito ou reciprocidade, o que se sabe atualmente é que o domínio fonológico exerce grande influência no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.

O desenvolvimento desta consciência deve ser trabalhado logo na idade pré-escolar de forma lúdica. Antes da entrada para o 1.º ciclo, a rima e a consciência de palavra são competências que já devem estar adquiridas. Assim, a aquisição dos níveis seguintes (consciência silábica, intrassilábica e fonémica) será mais fácil e consequentemente a aprendizagem da leitura e escrita também decorrerá com maior facilidade.

Na Língua Portuguesa, a escrita alfabética é essencialmente fonémica, em que cada unidade escrita (grafema) é relacionada à unidade sonora da palavra (fonema) e para estabelecer esta relação é necessário aceder à CF. Desta forma, é possível compreender a relação entre a CF e a aprendizagem da leitura e escrita.

A intervenção precoce do Terapeuta da Fala em conjunto com os educadores do Jardim de Infância e do primeiro ciclo acarreta muitos benefícios para o desenvolvimento da criança, nomeadamente a redução do insucesso escolar. O Terapeuta da Fala pode intervir diretamente com a criança ou indiretamente com os pais e professores.